Faze brilhar a tua própria luz,
Não importa que seja pequenina
A luz que acendes sobre a escuridão,
Semelhante a singela lamparina...
Ou que seja, quem sabe, humilde vela
Que clareie na estrada tão somente
Os passos do andarilho já cansado,
A vagar entre as sombras, lentamente.
Se não podes brilhar feito uma estrela
Que irradia, nos céus, o excelso lume,
Que sejas sobre a terra, onde estiveres,
Ao menos o piscar de um vagalume.
Acende a tua luz inda que seja
Anônima candeia, débil flama,
A tremular no peito, vacilante,
Na timidez da crença que proclama...
Acende a tua luz sem que te esqueças
Que nem o sol na rota em que se esgueira
Consegue iluminar, ao mesmo tempo,
De um hemisfério ao outro, a terra inteira!
- Eurícledes Formiga, psicografado por Francisco Cândido Xavier -
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