Monday, December 17, 2007

Carmen

Simplesmente fantástico o espectáculo “Carmen Monumental Opera”, megaprodução representada no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. A Orquestra Sinfónica Nacional da Ucrânia, o Coro Académico Nacional da Ucrânia, sob a regência do maestro Walter Haupt encabeçaram o elenco desta produção. Foram cerca de 70 músicos, 60 cantores e um conjunto de 30 actores, sob as ordens da coreógrafa Yekta Kara, da Ópera de Istambul. Jogos de sedução, conflitos e dilemas morais, paixão e liberdade, festa e tragédia desenham-se sobre uma trama de ambientes com um exótico ‘sabor’ espanhol a colorir a subtil elegância de uma musicalidade francesa expressa pela prodigiosa orquestração de Bizet. Desde sempre, esta ópera tem conseguido conquistar indefectíveis gerações de admiradores.

Estreada mundialmente em 1872, a última ópera composta por Bizet eterniza a relação fatídica entre a voluntariosa cigana e Don José, um pacato sargento cujos códigos morais serão perturbados por uma avassaladora e incontrolável paixão. Apesar de acreditar estar enamorado de outra, Don José não consegue ficar indiferente à cigana e acaba por ceder aos seus encantos. Chamado a prender Carmen, durante uma rixa entre colegas da fábrica de tabaco onde ela trabalha em Sevilha, Don José permite que ela se liberte em troca de uma promessa de amor. A evasão de Carmen leva a que o militar acabe por ser preso e se confrontar com seu superior. Sem opção, o sargento abandona a carreira para seguir Carmen.

O amor possessivo de Don José e os conflitos morais que esta paixão desencadeia provocam o gradual desinteresse de Carmen que o incita a partir e a acompanhar outra mulher, quando esta surge para lhe comunicar que a sua mãe estava a morrer. O afastamento de Don José possibilita a oportunidade de um triunfante toureiro conquistar o coração de Carmen e é na sua companhia que regressa a Sevilha, local onde reencontra Don José. Sem receio de enfrentar o desespero e as súplicas deste, Carmen, desafia o destino e assume o novo amante. Desfeito em ciúme, Don José apunhala mortalmente a cigana e, sobre o seu corpo inerte, é um homem destruído que confessa o crime e declara o amor sentido pela sua “adorada Carmen”.

Fonte: Ficha técnica do Coliseu do Porto

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