A lenda do Galo de Barcelos está associada a um antigo padrão de pedra na cidade portuguesa de Barcelos, de origem desconhecida e que tem em si gravados, em baixo relevo, a Virgem, S. Paulo, o Sol, a Lua e um Dragão de um lado e do outro um Cristo Crucificado, um Galo e Santiago sustentando um enforcado.
Segundo a lenda os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime que tinha ocorrido e não conseguiam descobrir o criminoso. Certo dia apareceu um peregrino a caminho de Santiago de Compostela e foi de imediato considerado suspeito. Clamou por inocência, mas ainda assim foi condenado à forca.
Pediu então, o peregrino, que o levassem junto do juiz que tinha proferido a sentença e este, sentado à mesa de um grande banquete, preparava-se para trinchar um enorme galo assado. O peregrino reafirmou a sua inocência e olhando para o galo que começava a ser trinchado afirmou que era tão certo ele estar inocente como era certo que o galo cantaria quando o fossem enforcar.
Todos os convivas presentes se riram da afirmação mas, supersticiosamente, não tocaram no galo. À noite, observaram com espanto que o galo se cobria de penas novas, se levantava e batia asas para cantar com energia. O peregrino foi de imediato libertado e mandado em paz.
Diz-se que em agradecimento pela ajuda de Santiago, o peregrino mandou colocar o padrão que ainda hoje lá se encontra. Foi durante os anos 30/40 do século passado, pela mão de António Ferro, que dirigiu entre 1933 e 1949 a máquina de propaganda do Estado Novo, que o Galo de Barcelos ganhou notoriedade tendo-se tornado, desde então, num símbolo de Portugal.
Fonte: Loja do Arco
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